Trilha para a praia do Meio

“Ai, como a gente é saudável”. Assim definimos nossa aventura em madrugar num domingo de manhã e partir para a Praia do Meio, em Barra de Guaratiba, uma das cinco praias selvagens que ainda existem no Rio e com acesso apenas por trilha. Num grupo de cinco em que pelo menos dois estavam de ressaca, e pelo menos outros dois tinham dormido menos de 4 horas naquela noite, há de se concordar que nossa comemoração pelo lifestyle saudável de domingo de manhã era justificável.

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Estava pronta para partir de tênis e meia, quando descubro que todo o grupo disse que ia de chinelo. Uma amiga que já tinha feito a trilha (de chinelos) disse que “era moleza”. As resenhas na internet também classificavam a trilha como fácil. Mentira, não é. O trecho até a praia do Perigoso é tranquilo, mas a partir dali são mais meia hora passando por trechos escorregadios e pelo meio do mato. Eu diria que o nível é moderado.

Todos terminaram a trilha sem maiores problemas, apesar do lamento da maioria de não ter vindo de tênis. No meu caso, uma baita bolha na sola do pé, que me impossibilitou de fazer o caminho de volta pela trilha. Sorte que tinha um barco por lá (não é sempre que tem) que fazia “lotada” até a praia de Barra de Guaratiba.

(Sim, eu sei, você está pensando: quem diabos faz uma trilha de chinelos? Eu tenho uma amiga que fez o Morro da Urca de salto alto, então desculpe-me pelas minhas amizades e pelo fato de eu ainda acreditar na palavra delas).

Como íamos passar o dia na praia, também levamos água e lanches. São fundamentais, afinal, por se tratar de uma praia selvagem, não há quiosques, nem vendedores de biscoito Globo. É você e a natureza: uma praia de areia branca e água transparente cercada de pedras e um paredão de mato.

A volta, que no meu caso foi de barco, também valeu a pena. É a região vista por outro ângulo! O barqueiro que estava lá cobrava R$ 25 por pessoa até a orla de Barra de Guaratiba.

Você sabia? O Rio tem cinco praias selvagens, situadas entre Grumari e Barra de Guaratiba: as praias dos Búzios (ou das Conchas), do Perigoso, do Meio, Funda e do Inferno. A Praia do Meio é a maior das cinco, mas costuma ficar mais vazia que a do Perigoso, que é mais fácil de ser acessada. As praias seguintes, Funda e Inferno, ficam a 300 e 500 metros após a do Meio, respectivamente, e as trilhas para elas são um pouco mais complicadas.

Fotos: 

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A louca da chia

Logo que comecei a dieta fui apelidada de “a louca da chia”, porque fiquei tão encantada com o poder de saciar dessas sementes que colocava em tudo que comia. Fui pesquisar sobre a chia e descobri que suas sementes são formadas por fibras solúveis que formam um composto gelatinoso tornando a digestão mais lenta. Menos fome, menos comida, menos peso. Mas basta digitar “benefícios da chia” no navegador para descobrir que seu poder vai bem além de promover a saciedade. Rico em ômega 3, cálcio, proteína, ferro, potássio e antioxidantes, só para citar algumas de suas propriedades, a semente de chia cai na categoria de “superalimentos”, daqueles que temos de abraçar e consumir todos os dias pelo resto de nossas vidas. Então fiz esse gráfico abaixo só para listar alguns dos motivos para consumir chia forever and ever:

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OBS: Isso significa que não precisamos mais comer salmão? Não é bem assim. A comparação é grama por grama. E, como chia são sementes bem levinhas, obviamente você não vai consumir a mesma quantidade de chia e de filé de peixe. Uma colher de sopa de chia tem em média 10 gramas, que são 54 calorias. Então cuidado ao se tornar #aloucadachia que nem eu ou o efeito pode ser contrário. Conforme andei lendo por aí, a recomendação diária é de 3 colheres de sopa. Mas vale consultar seu/sua nutri para saber o quanto você pode consumir.

OBS 2: Um jeito fácil de consumir é misturar na salada de frutas ou iogurte. Mas tem umas receitinhas poderosas com as sementes e em breve eu compartilho aqui! 😉

A dieta líquida – parte 2, o suplício

Sopa feita, chá de hibisco com cravo e canela feitos, mate sem açúcar feito, rodelas de banana para o smoothie no congelador. Pronto, chegou o dia da dieta líquida, que começa com um suco verde no café da manhã. E entre chás, água de coco e mate, vem a sopa verde nas refeições principais. Decidi não ir à academia nesse dia, assim poderia dormir um pouco mais. (E, logo, ficar acordada com fome por menos tempo).

Acordei às 7h, o almoço seria por volta de meio-dia. E o tempo nunca passou tão devagar. Às 11h da manhã eu já estava prestes a desistir de tudo. Me senti fraca, enjoada e com muita fome. Veio a sopa no almoço, que enganou a fome por mais ou menos uns 40 minutos e só.

Durante à tarde, o maior suplício: fome, dor de cabeça, enjoo, fraqueza, mau humor e até uma crise de choro escondida no banheiro do trabalho. Pensei em desistir várias vezes. Ganhei o apoio de amigos que disseram “calma, é seu primeiro dia, tenta ao menos terminá-lo”. Me sentia uma maratonista nos últimos metros já sem sentir as pernas e com a família ao lado batendo palmas e gritando: mais 100 metros, você consegue.

Sempre achei patético pessoas que malham ou fazem dieta postarem fotos com a hashtag superação. Gente, isso é pra atletas de ponta, pra quem emagrece 50 quilos, pra ganhadores do Nobel, não pra gente comum como eu e você. Superação por que empurra 10 quilos a mais no leg press do que há 3 meses? Faça-me o favor, né? Mas, olha, eu só pensava em chegar ao fim do dia e postar uma foto minha desfalecida na cama (se eu sobrevivesse até lá) com #superação embaixo. No dia fez todo o sentido do mundo.

À noite, já em casa, eu só pensava em ir dormir o mais rápido possível para não sentir mais fome. Mas o smoothie de banana com cacau me animou um tanto que até consegui andar até a balança e me pesar: um quilo a menos que pela manhã. Sim, eu terminei o dia um quilo a menos do que acordei. E isso é inédito e surpreendente. Não sei como é com vocês, mas o meu peso varia tanto durante o dia, que chego a pesar dois, às vezes até três quilos a mais a noite em comparação à manhã. Depois de dormir “perco” tudo de novo. Mas, durante o dia, a variação é imensa!

No dia seguinte em que acordei não estava mais com fome. Foi como se estivesse acordando como todos os dias, não parecia que eu tinha passado um dia com tanta restrição alimentar. E vida que segue.

E valeu a pena? Valeu. Ainda não sei o quanto emagreci de fato, ainda é cedo para dizer. Mas eu sinto realmente que estou emagrecendo. E esse sofrimento todo? Foi só no primeiro dia. Foi como se o corpo tomasse um choque. Estou na terceira semana de dieta líquida e todos os outros dias que fiz foram incrivelmente fáceis.